Devido à transcendência de sua atividade, as forças de segurança pública e atendimento de emergências pertencem ao âmbito do que é considerado comunicações críticas. Essas comunicações apoiam-se em um princípio fundamental: a disponibilidade. Ou seja, sempre que um usuário for usar o sistema de comunicação, este deverá estar operativo e funcionando, pois as consequências poderiam ser nefastas no caso de não estarem.
Em situações com grandes aglomerações de público, manifestações de multidões ou eventos esportivos gigantes, por exemplo, em geral as redes comerciais não funcionam corretamente e os usuários não podem se comunicar através de seus celulares. Isso é algo que em ambientes críticos simplesmente não pode acontecer, motivo pelo qual as forças de segurança pública não usam redes celulares: estariam na total dependência dos recursos que a operadora poderia oferecer, recursos que, além disso, precisam compartilhar com os milhares de cidadãos que usam a rede.
Diante disso, a principal vantagem trazida por uma rede privada de rádio TETRA ou LTE é assegurar a disponibilidade das comunicações, que deve ser de 99,999% garantida em qualquer situação. Se na rede comercial prevalece o benefício por usuário assinante, nas redes privadas o principal e indispensável é garantir o serviço.
Igualmente, as normas de missão crítica dão suporte a uma série de funcionalidades que não existem nas redes comerciais e que são de vital importância para este tipo de usuários, como é o caso das chamadas de grupo, chamadas de emergência, o modo direto ou a definição de prioridades, entre muitos outros tipos de chamada.
Além disso, as redes privadas, ao priorizarem as necessidades operativas dos usuários, oferecem uma maior área de cobertura e incluem zonas pouco ou nada povoadas para garantir um nível de serviço mínimo homogêneo em todo o território. E pelo caráter crítico das comunicações, oferecem um maior nível de encriptação e segurança.
Por tudo isso, as redes comerciais, até mesmo as que usam sistemas PoC (aplicativo para telefonia móvel que compete com a operação de um sistema de rádio privado), apresentam certas carências que, levadas a um ambiente crítico, transformam-se em problemas graves de segurança derivados da falta de comunicação. Por esse motivo, setores profissionais como o da segurança pública e emergências sempre confiam em um sistema privado baseado em uma tecnologia padrão, como TETRA.