do Congresso Internacional de Tecnologias para a Informação Aplicadas à Segurança Pública.
Os especialistas reunidos destacaram a necessidade de que as autoridades invistam em tecnologia.
O Congresso Internacional de Tecnologias para a Informação Aplicadas à Segurança Pública contou com a participação de representantes de 23 estados mexicanos, empresas privadas e especialistas na matéria que, durante três dias, debateram nas instalações do Centro de Comando, Controle, Computação, Comunicações e Contato Cidadão de Hidalgo (C5).
“Há apenas alguns anos, no Estado de Hidalgo tínhamos umas 64 câmeras para vigilância em todo o estado, e isso era vergonhoso: não existia tecnologia aplicada para a segurança”, discursou durante o ato inaugural do encontro o Secretário de Segurança Pública do Estado, Mauricio del Mar Saavedra, diante de um auditório repleto, e afirmou que atualmente essa realidade mudou para transformar o Estado no quarto Estado do país em termos de instalação de câmeras por 100 mil habitantes, atrás apenas da Cidade do México (a Capital do País), Estado de México e Jalisco.
Segundo o Secretário, também foi feito investimento em um avião sigiloso, helicópteros, patrulhas, certificações como a do Conselho Nacional de Certificação e Normatização, visando continuar crescendo. Em seguida, sinalizou que “Se não investirmos em tecnologia, não conseguiremos ter êxito, pois ainda temos que investir em outros itens relacionados com a segurança. Nada é possível sem tecnologia”.
Sobre o tema, David Ludeña, especialista em missão crítica da Teltronic, comentou que “O investimento público em tecnologia para combater o crime maximiza a atuação do policial, o que implica na formação de uma polícia mais eficiente”. Caso contrário, afirmou o especialista, teremos um grande número de elementos policiais, sem técnica, o que não é eficiente. “Uma polícia bem equipada com tecnologia, fenômeno que ocorre em países de primeiro mundo, eleva a eficiência de um funcionário, em até quatro vezes”, declarou.
O crime investe
Através de diferentes exposições e mensagens, os especialistas concordaram que há necessidade de atualizar o marco regulatório; sabe-se que o México enfrenta uma delinquência organizada, que investe altas somas em tecnologia e em contrainteligência.
Sobre o mesmo tema, Ludeña afirma que ante uma nova onda de delinquentes e de delitos, é preciso ter uma nova onda de defesas, aplicando novos parâmetros de cibersegurança. “É preciso criar estratégias para evitar a vulnerabilidade dos sistemas. É possível que por meio da tecnologia sejam previamente detectados os ataques, que devem ser bloqueados com algoritmos de inteligência artificial”, destacou.
Garantiu, finalmente, que o Estado de Hidalgo tem um investimento decidido para infraestrutura, a mais moderna no México e de última geração, em seu C5. Declarou que a radiocomunicação é uma área de oportunidade no estado, para que se firmem na vanguarda com sistemas de banda larga e tecnologia de padrão aberto.
